O Instituto Mato-Grossense do Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigação (IMAFIR-MT), participou nesta terça-feira (08), no Palácio Paiaguás, da assinatura do termo de fomento com o Governo de Mato Grosso, para a realização de um estudo sobre a inteligência territorial e hídrica da agricultura irrigada no Estado.
O presidente da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (APROFIR), Otávio Palmeira, projeta o termo de cooperação com um marco para a agricultura estado e também para a produção de grãos, pois com o estudo nos possibilitará de aumentar a capacidade de produção sem abrir novas áreas, e tudo isso com a irrigação. “Nós entendemos que o governador Mauro Mendes, é um gestor público de visão e estamos agradecidos por este termo de fomento, que promoverá um estudo técnico que será realizado por meio do IMAFIR e seus parceiros sendo a Universidade de Viçosa (UFV) e a Universidade de Nebraska, onde farão um levantamento técnico das águas subterrâneas e superficiais do Mato Grosso, e assim com os resultados em mãos poderemos pleitear o aumento das áreas irrigadas no estado”, disse.
O governador Mauro Mendes, destacou o regime de urgência para a realização deste estudo sobre a inteligência territorial e hídrica da agricultura irrigada no Estado, em face aos reflexos sentidos pela agricultura e a população na alteração das épocas de chuvas e estiagem que tradicionalmente eram reconhecidas. “Queremos que esse estudo seja executado o mais rápido possível. Temos uma clara perspectiva de mudança no regime de chuvas, e a ciência confirma essa situação. Estamos em um cenário no qual precisamos conhecer nossas potencialidades na irrigação, avançar e nos mantermos na liderança da produção de grãos”, completou.
O pesquisador Everardo Mantovani, da Universidade Federal de Viçosa (MG), enfatizou em sua explanação aos presentes, o potencial de expansão que a agricultura irrigada permite dentro do Mato Grosso é o maior do país, e ainda possibilitando a rotação de culturas com um maior sucesso de produção. “E a sociedade precisa estar segura, pois o principal insumo da agricultura irrigada é exatamente a água, e o estado tem muito, mas a sociedade tem muito preocupação em relação ao uso da água, e hoje nós estamos mostrando aqui que, vamos trabalhar com sistemas de irrigação cada vez mais eficientes, onde o produtor de Mato Grosso tem acesso aos mais modernos equipamentos de irrigação do mundo, e com este estudo que tem o objetivo de dar segurança a sociedade, onde demonstra que a agricultura irrigada com todos os seus benefícios vai ter uma sustentabilidade ambiental, principalmente na questão da utilização dos recursos hídricos”, explicou.
O potencial de ampliação da área irrigada em Mato Grosso pode chegar a 4 milhões de hectares, bem acima dos 180 mil hectares irrigados catalogados. Mato Grosso dispõe de três unidades hidrográficas principais que são: a Região Hidrográfica do Paraguai abrangendo 19,6% da superfície estadual, a Região Hidrográfica Amazônica, com 65,7% do território e a região Tocantins Araguaia, com 14,7% da superfície do Estado, com inúmeros rios, aquíferos e nascentes.